quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

texto Cristina Tati 🙏🧘‍♀️

Tudo que vejo no mundo bem dentro de mim eu posso encontrar, todos os grandes tesouros e todas as dores que imaginar”.
Essa é uma das frases mais perfeitas de todo meu hinário, tão simples e diz tanto!
Todos os Mestres e professores espiritualistas do passado e da atualidade, apontam numa mesma direção: olhem para dentro de si mesmos. Conheçam a si mesmos. Curadores, buscadores de luz, pessoas comprometidas com a espiritualidade, curem a sim mesmos.
Isso não é apenas um conceito, não é para ser entendido apenas intelectualmente. Essa é a verdade. De todas as coisas que podemos fazer para, um dia, transformar o mundo num lugar melhor, essa é a mais importante. Vivemos apontando o dedo no nariz uns dos outros, julgando, criticando, querendo corrigir o outro.
Só que essa visão voltada para fora, sempre vendo no outro o problema, impede que a gente veja aquilo que está nos incomodando, dentro da gente mesmo.
O hino diz: “Tudo que vejo no mundo bem dentro de mim eu posso encontrar...”
Vou dar um exemplo bem simples, direto e pessoal do que quero dizer.
Eu sou uma pessoa muito ciumenta. Vim a perceber isso meio recentemente através da auto observação. Sendo eu também uma pessoa comprometida com o bem, é claro que essa emoção – o ciúme – em mim, está relativamente bem controlada. No entanto o ciúme, por mais inofensivo que possa parecer, se levado ao extremo, pode até matar.
Vejam Caim e Abel, a história bíblica que relata até onde o ciúme pode ir. O ciúme é uma emoção dolorosa compartilhada por toda a humanidade desde o início da nossa história. Assim como a raiva, a inveja, o ressentimento... Quantas pessoas não morrem levando mágoas antigas no seu coração? Pequenas mágoas, se alimentadas, com o tempo se tornam ressentimentos que, se alimentados, se tornam rancor que se torna ódio.
A gente olha para o mundo e fica horrorizado com tanta maldade. Acontece que o ódio que a gente vê num terrorista, por exemplo, é o extremo, levado às últimas consequências, de um vasto repertório de emoções negativas compartilhadas por todos nós. Sentimentos como a rejeição, a desvalia, a culpa, a vitimização, a intolerância..., quem nunca se sentiu assim?
São esses mesmos sentimentos que, na pior das hipóteses, levam à destruição e à guerra.
A gente olha para fora e vê o mal. O quê que a gente faz? Ataca o mal. Sempre fora da gente, nunca na gente. Essa tática tem, por acaso, ao longo dos últimos séculos, dos últimos milênios, tornado o mundo um lugar melhor?
O que é que os Mestres estão nos dizendo? O que todos os Seres de Luz estão nos dizendo? Desde sempre... Olhem para dentro de si mesmos. A gente pode e deve amenizar a dor do mundo fazendo o bem, praticando a caridade. Nunca deixem de fazer o bem. Esse é o caminho certo. Mas uma revolução radical, daquelas que Jesus pregou há mais de 2.000 anos atrás e que até agora não aconteceu, essa, só desse jeito: curem a si mesmos.
Certo Mestre disse: “É impossível saber qual será nosso próximo pensamento, mas podemos decidir o que fazer com ele.” A qualquer momento temos sempre duas opções. Opção 1: alimentar e justificar o pensamento negativo que surgiu na mente, e reviver aquilo de novo, com toda sua carga emocional. Opção 2: você finalmente decide que não quer mais recriar o teu drama pessoal e a partir daí começa a trabalhar nessa direção, todos os dias da tua vida.
Esse é o princípio da cura.
É possível eliminar o ódio do mundo?
Quer erradicar a maldade do mundo?
Comece por você.
Toma você a decisão: eu não serei mais parte disso. Que outras pessoas façam o mesmo! Se muitos fizessem isso o ódio iria aos poucos perdendo a sua força até desaparecer da face da Terra. Isso sim seria uma transformação radical!
Entenda de uma vez por todas que somos 100% responsáveis pela nossa vida e por tudo o que é parte da nossa experiência. Se você não está gostando do mundo, se acha que tem muita coisa errada, pode se sentir responsável SIM, você é co-criador dessa realidade. Se você alimenta, por exemplo, sentimentos de ressentimento, saiba que está contribuindo para aumentar o ressentimento no planeta.
É assim que funciona.
A boa notícia é que não estamos sozinhos. Há Mestres ensinando, nos dando técnicas, fornecendo recursos. Nós temos o Daime, e vamos precisar disso tudo nessa jornada.
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